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sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Reflexões
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Saudade
Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já…
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos magoa,
é não ver o futuro que nos convida…
Saudade é sentir que existe o que não existe mais…
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam…
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.
Pablo Neruda
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Reflexões
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
Álvaro de Campos
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Um dia quem sabe…
"Sonho sobre ti a vontade do meu querer
Derramo no lençol, insensível, o mel do meu desejo
Acordo sentindo em mim teu cheiro
Latente no pano manchado
Que de longínquo não se quedou
Em mim esquecido.
Impregnado, bem fundo, no meu ser,
Clama pela chama que das cinzas se erga
Em desiderato de mim,
Esse teu ardor há tanto adormecido.
Sonho esse teu perfume
Que me embriaga os sentidos
Sonho esse teu corpo
Que solta a minha ternura
Oiço a tua voz, doce, rouca e serena,
Chamando no fundo do meu coração
Quase dizendo que me ama,
Mas sempre dizendo que não!...
Sinto a tua pele macia
Roçando o teu santuário
Rezando, dia a dia, uma oração de anseios
Que de tanto à virgem pedirem
E, por de ouvidos não serem
Ao ostracismo se entregam
Almejando vindouro dia
Que a chegar se nega
Em seu egocentrismo se apega
Esquecendo, relegando, o sentimento
Que na entrega voluntária, emana
Por si e em si se eleva
Em superior dádiva
Que, mais que dar, se oferece
Concedendo a plena entrega.
Sabor de querer, tão intenso assim,
Nem, a Deus se nega."
Derramo no lençol, insensível, o mel do meu desejo
Acordo sentindo em mim teu cheiro
Latente no pano manchado
Que de longínquo não se quedou
Em mim esquecido.
Impregnado, bem fundo, no meu ser,
Clama pela chama que das cinzas se erga
Em desiderato de mim,
Esse teu ardor há tanto adormecido.
Sonho esse teu perfume
Que me embriaga os sentidos
Sonho esse teu corpo
Que solta a minha ternura
Oiço a tua voz, doce, rouca e serena,
Chamando no fundo do meu coração
Quase dizendo que me ama,
Mas sempre dizendo que não!...
Sinto a tua pele macia
Roçando o teu santuário
Rezando, dia a dia, uma oração de anseios
Que de tanto à virgem pedirem
E, por de ouvidos não serem
Ao ostracismo se entregam
Almejando vindouro dia
Que a chegar se nega
Em seu egocentrismo se apega
Esquecendo, relegando, o sentimento
Que na entrega voluntária, emana
Por si e em si se eleva
Em superior dádiva
Que, mais que dar, se oferece
Concedendo a plena entrega.
Sabor de querer, tão intenso assim,
Nem, a Deus se nega."
Palavras não vão dizer
Mas tente entender. Nem um milhão de palavras vão dizer o que eu tenho para dizer. Mesmo assim, eu tento! Você sabe, ou acabou de saber. Dizer é muito mais do que algumas palavras, palavras em uma frase sem sentido não dizem nada. Se dizem, ninguém as entende. Ou não vêem. Mas um dia a gente compreende.
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Reflexões
Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo
Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa
Sophia de Mello Breyner Andresen
Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa
Sophia de Mello Breyner Andresen
"Sou como um livro.. há quem me interprete pela capa; Há quem me ame apenas por ela; Há quem viaje em mim; Há quem viaje comigo; Há quem não me entenda; Há quem nunca tentou. Há quem sempre quis ler-me; Há quem nunca se interessou; Há quem leu e não gostou. Há quem leu e se apaixonou; Há quem apenas busca em mim palavras de consolo; Há quem só perceba teoria e objectividade. Mas, tal como um livro, sempre trago algo de bom em mim. Cada um lê-me com os olhos que tem. Afinal, cada leitor e co-autor de uma obra."
sábado, 17 de setembro de 2011
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
PARA QUE FIQUEM SABENDO !!!!!!
Acordei, levantei os braços, mexi o joelho, virei o pescoço.... Tudo fez “crec”....
AULA DE PORTUGUÊS OU O PORTUGUÊS MAL TRATADO.
Infelizmente a jornalista Pilar del Rio costuma explicar, com um ar de catedrática no assunto, que dantes não havia mulheres presidentes e por isso é que não existia a palavra presidenta... Daí que ela diga insistentemente que é Presidenta da Fundação José Saramago e se refira a Assunção Esteves como Presidenta da Assembleia da República.
A propósito desta questão recebi o texto que se segue.
A Presidenta foi estudanta?!
A propósito desta questão recebi o texto que se segue.
A Presidenta foi estudanta?!
Uma belíssima aula de português.
Foi elaborada para acabar de uma vez por todas com toda e qualquer dúvida se temos presidente ou presidenta.
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Fases
Tenho fases, como a lua...
Fases de andar escondida, fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua, tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e vêm, no secreto calendário que um astrólogo arbitrário inventou para meu uso.
E roda a melancolia seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém (tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia, o outro desapareceu...
Fases de andar escondida, fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua, tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e vêm, no secreto calendário que um astrólogo arbitrário inventou para meu uso.
E roda a melancolia seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém (tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia, o outro desapareceu...
Cecília Meireles
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Reflexões
« A certeza que fica é que para a vida valer a pena é necessário amar e ser amado, e ter muito cuidado com o cristal de que os outros são feitos. Os outros sim, que nós somos de aço. Excepto, claro, quando choramos. »
Nuno Lobo Antunes in Sinto Muito
Reflexões
Paixão é uma infinidade de ilusões que serve de analgésico para a alma. As paixões são como ventanias que enfurecem as velas dos navios, fazendo-os navegar; outras vezes podem fase-los naufragar, mas se não fossem elas, não haveriam viagens nem aventuras nem novas descobertas.
Voltaire
Voltaire
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
De repente
Vieste quando eu não te esperava.
Partiste quando eu mais te precisava.
Demoraste tanto a chegar
E levaste tão pouco tempo para ir.
Levaste tanto de mim
E deixaste tão pouco de ti,
Em vagos detalhes que ficaram contidos,
Nesta saudade,
Neste vazio,
Nesta lembrança.
Texto de Aluísio Cavalcante Jr.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Metade
Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.
Osvaldo Montenegro
Sons do Silêncio
São vozes que falam caladas
Subindo encostas escarpadas
Qual gaivota verde no mar
São raios rubros de flores
Espelhantes
Em estilhaços de amores
Subindo encostas escarpadas
Qual gaivota verde no mar
São raios rubros de flores
Espelhantes
Em estilhaços de amores
São sons densos musicais
Que transformo p’ra que tais
Vozes falem baixinho
Em sussurrros
Ternos doces carinhos
Vagueando pelos ares
Que transformo p’ra que tais
Vozes falem baixinho
Em sussurrros
Ternos doces carinhos
Vagueando pelos ares
São sons de silêncio cantantes
Entre as brumas distantes
Num entardecer, na aurora
Na ténue luz que fez dia
E não previa
Ternos cantares d’instantes
Entre as brumas distantes
Num entardecer, na aurora
Na ténue luz que fez dia
E não previa
Ternos cantares d’instantes
São silêncios coloridos
Refúgios, lares, abrigos
Vozes longínquas de quem
Pleno d’amor vem
Completar o silêncio dos sons
Em laços pontes amigos
Refúgios, lares, abrigos
Vozes longínquas de quem
Pleno d’amor vem
Completar o silêncio dos sons
Em laços pontes amigos
Pelo silêncio dos sons vagueio
Premeio
Sentidos
Premeio
Sentidos
Pensamentos intemporais
E eu pergunto aos economistas, políticos, moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta - para produzir um rico?
Almeida Garret
Almeida Garret
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Reflexões
Uma árvore em flor fica despida no outono. A beleza transforma-se em fúria, a juventude em velhice e o erro em virtude. Nada fica sempre igual e nada existe realmente. Portanto, as aparências e o vazio existem simultaneamente. Dalai Lama
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
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